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Fundos Multimercado
Em um mês de muitas novidades, as primeiras mensagens são internacionais, e três fatores principais movimentaram o mercado:
1-) Surpresas positivas na economia norte-americana, com uma forte performance. Enquanto no começo do trimestre era esperado que os EUA crescessem cerca de 4%, o que já era uma expectativa alta para a economia norte-americana, os números, no momento, já estão entre 8% e 9%.
2-) Inflação alta nos EUA. O número do The CPI (consumer price index) no mês de novembro foi bastante elevado, isso faz com que tanto o Banco Central Norte-Americano, quanto a administração de Joe Biden, mudem sua perspectiva de mudança em relação ao embate à frente inflacionária.
Importante: em 2022 haverá uma eleição para o congresso dos EUA e, por enquanto, os democratas estão atrás dos republicanos, que para Biden, caso esse cenário se concretize, seria o mesmo que perder autonomia e poder de decisão.
Hoje, quando perguntado ao eleitor norte-americano sobre sua maior preocupação, se é quanto à empregabilidade e crescimento ou inflação e perda no poder de compra, a maioria deles responde a inflação. E essa população já vem culpando a atual administração por esses números inflacionários altos.
3-) Variante Ômicron, uma nova variante do coronavírus, que apareceu nos últimos dias de novembro e causou, assim como suas antecessoras, bastante confusão no mercado. Ainda estamos em curva de aprendizagem quanto à transmissibilidade e severidade desta variante, mas o que podemos dizer agora é que devemos continuar analisando os acontecimentos, nos adaptar e tomar decisões conforme o necessário.
Na nossa Carta de Dezembro mencionamos sobre a tendência entre investidores globais, quando buscam mercados emergentes, como é o caso do Brasil, eles buscam três principais características:
1-) Crescimento diferenciado entre seus pares: neste quesito, não temos grandes expectativas para o Brasil em 2022. Deve-se ter um crescimento baixo, com uma volatilidade razoavelmente alta, devido, também, ao ano eleitoral.
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2-) Diferencial de juros mais elevados, o chamado carrego: ao contrário do item 1, que não temos um grande atrativo para os investidores, o Banco Central Brasileiro segue aumentando as taxas de juros, como meio para tentar controlar a inflação. Com isso, o carrego está se mostrando bastante atraente para os investidores, em relação aos pares internacionais.
3-) Preço mais atraente: aqui temos a mesma situação do item 2, está mais atraente, pois olhando o prêmio de risco da bolsa brasileira, que é um dos maiores das últimas décadas, e olhando as expectativas de taxas de juros para o ano que vem, além da inflação implícita brasileira para os anos subsequentes, que está num patamar bastante elevado, entendemos que já tem preço na bolsa e já tem preço também no DI.
Com relação à moeda, o carrego também está cada dia mais atraente, à medida que o Bacen segue a elevação da taxa de juros. Vemos um cenário em que no final deste ano e início do ano que vem, esse diferencial na taxa de juros comece a fazer pressão, e o Real fique bastante barato.
Por isso, temos um viés de compra tático em ativos brasileiros.
Fundo de ações
Passamos pelo quinto mês consecutivo de queda na bolsa brasileira. Porém, esse mês, os ativos de risco sofreram em todo mundo, devido a nova variante do coronavírus, a Ômicron, além da escalada da inflação, que tem levado os Bancos Centrais dos países desenvolvidos a iniciarem o processo de tapering e as conversas sobre a subida das taxas de juros. Isso, naturalmente, tem um peso negativo nas alocações dos investidores quando falamos de renda variável.
Aqui no Brasil, ainda tivemos um aspecto técnico muito relevante que se sobressaiu em relação aos fundamentos da nossa bolsa: o grande volume de resgates nos fundos de ações, na ordem de R$ 5 bilhões. Os saques de pessoas físicas diretamente na bolsa, cerca de R$ 7 bi sacados nos últimos dois meses, também chamaram a atenção. De certa forma estamos falando de um fluxo de capital, direta e indiretamente, saindo da bolsa, o que acaba por prejudicar o preço dos papéis.
Já do lado dos fundamentos, o prêmio de risco do Brasil está entre os mais altos da sua história, o que faz com que a nossa bolsa seja uma das mais baratas do mundo, no momento.
Para os próximos meses, seguimos evitando as empresas alavancadas, além das empresas que estão mal posicionadas em seus setores. Temos preferido as empresas que estão com balanço saudável e em uma posição mais dominante em seus mercados, que possam, inclusive, se beneficiar deste momento turbulento para consolidar o setor.
Na prática, ajustamos nossa carteira, ampliando a exposição aos setores que têm os maiores prêmios de risco entre todos os setores. Entre alguns exemplos, aumentamos nossa exposição em commodities, em especial a celulose, por causa do nível de preço, investindo em empresas como Suzano e Klabin. Também aumentamos em bancos.
Como falamos nos vídeos anteriores, reduzimos bastante nossas posições em consumo discricionário. Ainda mantemos alguns nomes de yield, que se beneficiam do fechamento da curva, como no mês de novembro, que servem, também, como hedge para as posições de bancos e seguradoras. Também mantemos exposição ao consumo básico.
Fundos de Crédito Privado
Ao contrário do que vínhamos observando ao longo dos 18 meses anteriores, novembro foi um pouco menos favorável para o mercado de crédito, com os fundos rodando por volta de 108% do CDI. Isso foi consequência da abertura dos spreads de crédito durante o mês, que reduziu o retorno total dos fundos (lembrando que quando spreads de crédito aumentam, o preço dos papéis de crédito cai): em novembro, o spread do Índice de Debêntures da Anbima (IDA-DI) terminou o mês em CDI+1.51%, 2bp acima do nível do início do mês e 9bp acima do menor nível do ano, atingido na primeira metade de outubro, antes das notícias do abandono da política do teto de gastos do governo. Mais importante do que o efeito negativo dessas notícias, novembro foi um mês recorde em emissões primarias no mercado de crédito local: naquele mês, vimos mais que o dobro do ritmo de emissões dos meses anteriores, e o mercado teve dificuldade para absorver este volume de emissões em um intervalo curto de tempo, dificultando a redução de spreads e atrapalhando a performance dos fundos.
Olhando para os meses à frente, há vários motivos para esperar perspectivas positivas para o mercado de crédito. Por exemplo, já vemos com clareza uma grande redução no volume de emissões para dezembro, e o primeiro trimestre de 2022 também deve ser sazonalmente menor em emissões, o que sugere um ambiente bom para fechamento de spreads, especialmente porque os fluxos de entrada em fundos de crédito e DI seguem robustos, e estes fundos devem continuar comprando papéis no mercado. Além disso, a qualidade de crédito das empresas brasileiras está no melhor momento desde 2010, enquanto spreads de crédito seguem desproporcionalmente altos, e deveriam então diminuir (aumentando o preço dos papéis). Outros fatores que temos citado aqui em meses anteriores seguem valendo: CDI subindo (principal indexador dos nossos papéis) e inflação menor em 2022 aumentam as perspectivas de retorno nominal e real dos fundos de crédito.
Fundos Renda Fixa
Ao longo do mês de novembro, nossos fundos tiveram resultados positivos, visto que os juros futuros recuaram, após alguns meses subindo. Ainda tivemos bastante volatilidade, uma vez que os temas fiscais e PEC dos precatórios ainda seguem incertos, mas mesmo assim tivemos um fechamento positivo.
O mercado, neste mês, precificou mais uma alta de 2 pontos de alta na Selic na próxima reunião do Copom, com a Selic ultrapassando os 13%, que entendemos como uma boa oportunidade de retornos, por isso realizamos algumas estratégias, alcançando, assim, os melhores resultados observados no mês.
Estamos gradativamente aumentando a posição aplicada na parte curta da curva de juros, mas, como hedge, estamos comprados na inclinação da curva de juros, pois para 2022 o mercado precifica um corte de 2 pontos na Selic, o que achamos pouco provável, uma vez que a inflação corrente ainda está alta, além da inflação esperada para os próximos anos, que também está acima da meta do Banco Central.
Quanto ao cenário internacional, seguimos comprados na curva de juros norte-americana, com a economia do país mostrando um crescimento mais robusto e inflação mais persistente, além do discurso de Biden e, também, do Fed, que tem mudado, gradativamente, dando mais foco ao combate à inflação.
A variante Ômicron, do coronavírus, chegou no final do mês, gerando bastante volatilidade, e ainda temos muitas incertezas nesse campo, mas seguimos atentos, avaliando novas informações, para, caso seja necessário, adaptarmos o nosso portfólio a essas novas questões, ainda enxergamos alta na taxa de juros dos EUA.
Lembrando que o investidor que escolhe os fundos de renda fixa, em detrimento de simplesmente comprar títulos ou similares, pensando no movimento de altas de juros e inflação, tem as vantagens de ter uma gestão ativa, estratégias que não podem ser replicadas comprando títulos, como estratégias não direcionais, por exemplo, ter retornos com a inclinação da curva de juros, nós, também temos a possibilidade de investir em renda fixa internacional, além de nos beneficiarmos, indiretamente, dos títulos de renda fixa com taxas mais altas, como as que temos hoje no mercado.
Fundos de CRIs
Com rendimentos acima da média histórica em alguns dos nossos fundos, como por exemplo o KNIP11, é importante deixar claro aos nossos cotistas que esse valor é fruto de uma janela anormal do IPCA, portanto, não podemos esperar que isso se mantenha para sempre, pois significaria que o país entrou em um período de hiperinflação, a tendência, e normalidade, é que o país tenha uma inflação mais controlada.
No caso do KNIP, ele é um fundo que foi desenhado para proteger os investidores destes cenários de maior inflação, a carteira dele é, praticamente, toda atrelada a juros reais mais atualização monetária do IPCA, e o IPCA tem tido uma janela muito acima da expectativa e das metas do Banco Central. Não podemos afirmar quanto tempo esse patamar de inflação vai durar, no entanto, é natural que a inflação ceda, voltando a patamares mais normais, a meta é de 4,5%, e quando isso acontecer, naturalmente, os dividendos terão uma redução.
Quanto ao KNSC e KNHY, ambos possuem uma carteira híbrida, de juros reais e juros pós-fixados, ou seja, também se beneficiam deste processo de alta da Selic, além de se beneficiar dessa parcela de juro real, atrelada ao IPCA, que tem performado muito bem.
Pro ano que vem a expectativa é de juros pós-fixados elevados, com o mercado precificando a Selic próximo aos 12%, porém um juro mais elevado tende a controlar a inflação, que faria essa parte da carteira dos fundos híbridos performar um pouco abaixo do que está sendo observado.
Por isso mantemos o alerta aos investidores, estejam atentos a essa variação da inflação, pois ela influencia fortemente os rendimentos deste tipo de fundo, os rendimentos não são constantes, é importante ter ciência de quais são os fatores que propulsionam os resultados, para não ter surpresas.
E ainda temos o KNCR, que é um fundo totalmente pós-fixado, que, por isso, acabou sofrendo bastante nos últimos dois anos, visto que a Selic estava na mínima histórica, mas agora vem recuperando um patamar de rendimento mais atrativo, com a tendência de seguir o movimento de alta nos rendimentos à medida em que o Copom realize mais uma elevação na taxa Selic, esperada para próxima reunião.
Fundos de Infraestrutura
No primeiro mês de rendimentos mensais do Kinea Infra o fundo distribui R$ 1,82 por cota, que se divide da seguinte forma: R$ 0,52 por cota referente aos juros reais dos ativos do fundo, e o restante, R$ 1,30 por cota, é, principalmente, correção monetária.
Sabendo a quebra deste valor, o investidor pode utilizar estes recursos da correção monetária no seu dia a dia, ou então, se ele quiser preservar seu poder aquisitivo ao longo do tempo, ele pode pegar essa mesma parcela e reinvestir na cota, com isso ele estaria investindo a IPCA mais uma taxa de retorno, no atual momento, esse valor seria um reinvestimento de IPCA + 5,7% ao ano, isento de tarifas e impostos.
Com o intuito de aproveitar este momento do mercado, no qual as taxas da renda fixa estão mais altas, estamos acelerando as alocações, em novembro investimos em mais uma debênture de linhas de transmissão, e estamos com mais quatro operações em negociação, que, muito provavelmente, entrarão para o fundo no próximo trimestre.
E, a partir do mês de novembro, comprando cotas do KDIF11 pela Itaú Corretora o investidor estará isento de taxas de corretagem para esta operação.
Fundo de fundos Imobiliários
Por motivos estratégicos, a gestão do fundo decidiu trocar a posição de tijolo pela posição de CRI, que tem gerado prejuízos com venda no mercado secundário, e o dividendo de novembro, mais baixo do que vínhamos entregando, foi resultado desse prejuízo, nós consumimos a reserva e diminuímos o dividendo, mas isto é pontual. Já vínhamos tomando este posicionamento desde setembro, visto que os juros vinham subindo, como foi dito nos nossos relatórios.
A expectativa é que retornemos ao patamar de dividendo que estávamos entregando, anteriormente, ou, até mesmo, aumentá-lo, pois investindo em fundos de CRI a rentabilidade, o dividend yield (dividendos sobre preço de mercado) são superiores às posições em tijolo.
O IFIX teve mais um mês de queda, principalmente, devido à percepção do risco fiscal brasileiro e do aumento de juros, percebido pelos investidores. Já a queda do rendimento do KFOF, neste mês, não é resultado de nenhum problema específico, ou até mesmo estrutural, foi uma decisão da gestão para alcançarmos melhores retornos nos próximos meses. A queda no mercado secundário também não é algo específico dos fundos de fundos, diversos FOFs estão com quedas parecidas no ano, a preocupação dos investidores, de que os FOFs não consigam girar as posições com ganho, e esse ganho sendo muito importante para a distribuição dos dividendos, ressaltando que aqui para o KFOF falamos de um cenário de dividendos iguais ou superiores, que não contam com ganho de capital na venda das cotas.
Hoje, o dividend yield do KFOF é próximo dos 10% ao ano, líquido de imposto, dada a curva de juros futuro, perto de 12%, tirando 15% de imposto nós estamos com uma rentabilidade muito compatível com o cenário de juros estressados atualmente, sendo a expectativa, daqui pra frente, que a cota deva se manter pelo menos neste patamar, à medida que os juros se estabilizem, e qualquer aumento dos dividendos, ou queda nos juros, pode gerar um aumento da cotação.
KNRI11
Mais um mês de boas notícias no KNRI11, com a locação de um andar no edifício Bela Paulista, em São Paulo. Nossa equipe de locação segue trabalhando com afinco para reduzir ainda mais os índices de vacância do fundo, em especial em escritórios, em São Paulo e Rio de Janeiro.
No entender da gestão a queda do valor da cota no mercado secundário é justificada pelo aumento na taxa de juros entretanto ressaltamos que os fundamentos do fundo seguem bastante sólidos, sem problemas tanto na parte física dos imóveis, quanto na parte de crédito da nossa carteira de inquilinos. Nesse sentido, entendemos que o desconto de quase 20% que a cota vem sendo negociada no mercado secundário em relação ao valor patrimonial, é realmente muito alto se levarmos em conta a qualidade dos imóveis que compõe a carteira do fundo e nossa carteira diversificada de inquilinos de alta qualidade.
Quando levamos tudo isso em conta enxergamos o momento atual como sendo propício para a entrada de novos cotistas no fundo, já que levando em consideração os valores atuais negociados em bolsa, o investidor estaria desembolsando, em média, R$13,700/m² para “comprar” ativos corporativos de excelente qualidade, e os ativos logísticos por volta de R$2,200/m², que são valores muito baixos quando comparados, por exemplo, ao custo de reposição, ou seja, de reconstrução dos ativos que hoje compõem a carteira, e ainda quando olhamos as transações recentes, de mercado que são muito superiores a tais valores.
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