JUROS DIRECIONAL
Resultado positivo. Estamos com o risco reduzido, porém montamos ao longo do mês posições para juros mais altos nos vértices de prazos mais longos. Estamos vivendo uma crise de confiança em função da forte deterioração da dívida pública. A solução virtuosa seria a realização de um ajuste fiscal crível, com redução de despesas e aumento de receitas. A segunda opção é realizar um ajuste fiscal via inflação mais elevada. O risco está na direção da segunda opção e seguimos cautelosos, mesmo com o mercado já precificando uma taxa Selic chegando acima de 16,5% em 2025.
JUROS RELATIVO
Resultado negativo. Seguimos comprados no diferencial de juros entre 2027 e 2028.
JUROS CAIXA
(Prev RF, Prev MM e RF Absoluto)
Resultado negativo. Estamos cautelosos com os prêmios dos títulos públicos. O Tesouro Nacional está com uma liquidez mais baixa do que o desejado e tem concentrado excessivamente as emissões em títulos pós-fixados (LFTs). Ao longo do mês, diminuímos nossa exposição LFTs e incrementamos a posição vendida em NTN-Fs casadas, subindo a liquidez de todos os fundos, aguardando a consolidação dos novos patamares de preços para um retorno futuro a essa estratégia. Terminamos o mês comprados nas LFTs intermediárias e longas, comprados nas NTN-Bs casadas curtas, neutros em LTNs casadas e vendidos em NTN-Fs casadas.
Inflação
Resultado positivo. Nossas posições compradas em inflação de curto prazo continuaram se beneficiando da contínua depreciação do câmbio e de uma economia sobreaquecida. Acreditamos que, na falta de um ajuste fiscal crível, a elevada incerteza com a atual situação das contas públicas do Brasil resultará em uma inflação mais elevada. Vale ressaltar que, ao longo do mês, alongamos parte da posição de inflação de curto para um vencimento próximo a 1,5 anos.
CRÉDITO OFFSHORE
Em crédito offshore, o mês foi novamente de leve abertura de spreads na América Latina (+5bps, aproximadamente), mas com os créditos brasileiros mostrando forte abertura de spreads (+20/60bps, dependendo do nome). Assim, nossa carteira offshore, que tem exposição relevante a créditos brasileiros, teve um mês levemente negativo, dado que nossos hedges nos protegeram apenas parcialmente de perdas maiores. Com os spreads desse segmento ainda próximos às mínimas históricas, mantemos uma posição pequena neste mercado, aguardando momentos de spreads mais atrativos.
RENDA FIXA INTERNACIONAL
Resultado negativo. Nos juros, diminuímos nossas posições para queda. Estamos alocados na República Tcheca e na Inglaterra. A Rep. Tcheca é um país muito aberto ao comércio mundial e seria impactado por eventuais tarifas do governo Trump II no setor automobilístico europeu. No caso inglês, vemos perda de ímpeto no mercado de trabalho e uma inflação ainda em trajetória de convergência. Nas moedas, estamos comprados no dólar. As principais vendas são no renminbi chinês e na Libra. A economia chinesa passa por um processo de desalavancagem de crédito e deverá sofrer impactos das tarifas comerciais do governo Trump.
